Sempre que passo pela Baixa tento lá passar.
Gosto do silêncio longe do bulício da cidade e de repousar o espírito em pedra e ocre.
A primeira pedra foi lançada há quase 780 anos, mas o desenho actual pouco terá a ver com aquilo que foi mostrado a el-rei D. Sancho II, bisneto de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.
Esta não é a primeira igreja de Lisboa - a Sé data de 1147 - mas é uma das mais antigas, com direito a pestes, terramotos, incêndios e Santana Lopes.
A última vez que lá estive foi a 07 de Fevereiro.
Uma quinta-feira luminosa, típica de Inverno português, e um conforto na alma que amenizava alguma aragem lá fora.
Nesse dia, subi ao alto do Arco da Rua Augusta e quase toquei o céu.
A descida tem sido lenta e constante, mas é certo que voltarei à Igreja de S. Domingos para recomeçar caminhos traçados por ilusão, mas à Prova de catástrofes.
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